quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

AS MUITAS VERDADES SOBRE HOMOSSEXUALIDADE

      Antigamente, acreditava-se que todo ser humano deveria ser heterossexual e que a homossexualidade, bem como a bissexualidade eram doenças. Isto durou muito tempo. Em 1970, foram realizados inúmeros experimentos científicos para comprovar esta tese, até então, apontadas como doença, o que os cientistas queriam com a pesquisa era descobrir se era ou não uma doença. Através desses experimentos ficou comprovado que a homossexualidade sempre existiu desde o início da humanidade, deixando com isso de ser considerada como uma doença.
      A orientação sexual não-heterossexual foi removida da lista de doenças mentais nos EUA em 1973; e do CID 10 (Classificação Internacional de Doenças) editado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), só em 1993. Os transtornos de identidade de gênero que englobam Travestis e Transexuais permanecem classificadas na CID-10 considerando que, nesses casos, terapias hormonais e/ou cirurgia de redesignação de sexo são, algumas vezes, indicadas pela medicina.
      Orientação sexual é o nome dado à atração sexual que um indivíduo sente por outro, independente do sexo que esse possui, podendo ser: assexual quando não sente atração sexual por nenhum gênero (sexo feminino ou masculino), bissexual quando sente atração pelos dois gêneros, heterossexual quando sente atração somente pelo gênero oposto, homossexual quando sente atração por indivíduos do mesmo gênero e pansexual quando sente atração por diferentes gêneros. Alguns indivíduos que se dizem pansexuais chegam a afirmar que gênero, sexo e espécie não têm importância para eles. São mais conhecidos como travestis e transsexuais, por não aceitarem o seu gênero biológico. 
      É importante ressaltar que o desígnio desta não é fazer apologia a nenhum tipo de orientação sexual, mas sim à preservação dos direitos humanos, daqueles que já estão com suas identidades construídas, e ao mesmo que trazer para pais e responsáveis as teorias psicanalíticas que apontam as prováveis causas, que levam adolescentes, jovens e adultos a esta orientação sexual, com intuito de reduzir os traumas e transtornos causados aos indivíduos que estão envolvidos direta ou indiretamente neste contexto.
O QUE DIZ AS RELIGIÕES SOBRE ESTE ASSUNTO?
      A complexidade deste assunto aparece também em observação no que diz as religiões, não existe um consenso de opiniões entre elas. Vejamos o que diz algumas das mais atuantes em nosso país.
Espiritismo.
      Não há um consenso entre as lideranças espíritas sobre a origem e como interpretar eticamente a conduta homossexual, oscilando entre a interpretação caridosa do “karma” da homossexualidade e transexualidade, à condenação bíblica.
Candomblé.
      Afirma que são tolerantes em relação ao homossexualismo porque são opções individuais e não compete às religiões condenar ou estigmatizar, mas tão somente orientar os seus fiéis no que diz respeito aos aspectos, religiosos e morais.
Evangélicos / Protestantismo.  
      Nos últimos anos, lideranças de diferentes igrejas evangélicas têm assumido discurso e postura cada vez mais homofóbica, fundando grupos e realizando congressos destinados à “cura” de homossexuais, inclusive contando com o apoio de psicanalistas, psicólogos e até parlamentares. Pouquíssimos ainda são no Brasil os ministros reformados que ousam defender a dignidade do amor entre iguais.
Há um pequeno grupo de protestantes no Brasil que toleram e aceitam a união homossexual.
Católica apostólica romana.
      A Igreja Católica capitaneou a perseguição aos “sodomitas” através do Tribunal do Santo Ofício da Inquisição (1536-1821), prendendo, seqüestrando os bens, açoitando, degredando e queimando na fogueira os mais escandalosos e “incorrigíveis”.   
   O QUE DIZ A CIÊNCIA SOBRE ESTE ASSUNTO?
      Alguns pesquisadores tentam explicar a questão da homossexualidade através da genética, mas sem muito sucesso até aqui. É como se existisse uma disputa na área cientifica sobre este assunto, pois quando um cientista tenta provar outro trata de contradizer.
      A pesquisa genética propriamente dita ganhou as páginas de todo o mundo em 1993. Naquele ano um artigo na prestigiada revista "Science" trazia os resultados do estudo feito pelo americano Dean Hammer com 114 famílias de homossexuais. Hammer afirmava com "99,5% de certeza" haver encontrado indícios da existência de um ou mais genes ligados à orientação sexual na região q28 do cromossomo X (ou Xq28). Um segundo estudo, realizado pelo mesmo grupo dois anos depois, chegou a resultados semelhantes, fortalecendo com isso a probabilidade de ter chagado a uma grande descoberta na área.
      Não durou muito e a controvérsia científica logo emergiu. Em 1999 o canadense George Rice examinou amostras genéticas de 52 duplas de irmãos gays e disse não ter encontrado sinais de que algum gene do Xq28 pudesse desempenhar qualquer papel relevante na orientação sexual. Essa guinada forneceu munição pesada para os céticos, que procuraram desmoralizar totalmente o trabalho de Hammer. O americano tentou argumentar que havia diferenças metodológicas importantes entre os dois estudos (como a forma pouco criteriosa pela qual o grupo canadense decidia quem era homossexual ou não), mas o estrago junto à opinião pública já estava feito. Hammer mudou de área e foi estudar a genética da religião.
      Podemos concluir com essas afirmações que existem dois grupos científicos distintos, o grupo que acredita na possibilidade de ser de ordem genética e o que não acredita. Trazendo com isso discórdia e incerteza mostrando que este tema ainda vai ser discutido por muitos anos antes de adquirir afirmações que tenham apoio da maioria.
     O QUE DIZ: PSICANÁLISE E A PSICOLOGIA SOBRE...
      Contrários às argumentações apenas biogenéticas sobre as causas da homossexualidade, estão psicanalistas e psicólogos. Sem negar que incontáveis características humanas (tendências de desenvolver algumas doenças, por exemplo) têm base genética, consideram, todavia, a percepção da homossexualidade como um traço apenas geneticamente determinado incorreta, buscando antes explicações associadas ao meio e à educação dos indivíduos.
      Dr. Daryl Bem, psicólogo da Universidade de Cornell, nos EUA, desenvolve pesquisas sobre a importância da formação intra-familiar na pessoa homossexual. Uma nova geração de psicólogos americanos, tais como Judith Harris, tende a valorizar as relações interpessoais (com vizinhos, colegas da escola, colegas da rua...) como os fatores mais fortes no desenvolvimento e estruturação da personalidade, e dentro desta, na definição da orientação sexual de cada um.
      Há quatro teorias inspiradas em Sigmund Freud (pai da psicanálise) que podem explicar a homossexualidade: a primeira seria resultado de um complexo de Édipo resultante da percepção pela criança de que sua mãe é "castrada" sexualmente. Essa percepção induziria a criança a uma grande tensão, fazendo-o a ver sua mãe como uma mulher com pênis; a segunda teoria seria explicada através de uma grande identidade do filho com sua mãe. Nessa teoria, segundo instintos narcisistas, o menino tentaria se espelhar no modelo da sua mãe, assumindo os mesmos gostos, levando-o amar outros homens como sua mãe o ama; a terceira teoria seria explicada por uma inversão do complexo de Édipo, onde o menino busca o amor de seu pai, representado pela sua identidade masculina, buscando e assumindo uma identidade feminina; a quarta teoria seria explicada por uma reação de formação: ciúmes e inveja sádicos em relação ao pai e irmãos poderiam levar a um comportamento contrario ao natural.
CONSIDERAÇÕES FINAIS.
      A conclusão deste assunto esta longe de ser alcançada, pois a igreja e a ciência, que são instituições constituídas pela própria sociedade, ainda que de uma forma inconsciente, serve como base para dirimir e estabelecer padrões em relação ao que é certo ou errado no seio da comunidade, ainda não chegou a um denominador.  Apartir daí surgem às dissensões até mesmo dentro de uma mesma denominação religiosa, existem cisões, quando não é na teoria é verdadeiramente na pratica, exemplo: A teoria diz que é condenável tal ato, mas na pratica não funciona desta forma, pois os mesmos que dizem ser digno de condenação os que tais coisas praticam acabam por se envolver em escândalos desta natureza. Partindo para o lado da ciência encontramos muito desacordo, pois existem cientistas que acreditam ser um problema de ordem genética, e luta por provar esta tese, outra gama discorda acreditando apenas em uma teoria que afirma ser de ordem comportamental, influenciado pelo meio e as circunstâncias que o indivíduo é submetido e enfrenta no decorrer dos primeiros anos de vida.
      O que fazer quando os maiores formadores de opiniões não se entendem? Certamente vai ficar a critério de cada comunidade, família e pessoa. Uma coisa é correta ser afirmada, como diz um famoso axioma popular: “Muita água ainda vai rolar em baixo desta ponte”. Resta a cada indivíduo interessado neste assunto se aprofundar, mantendo-se sempre bem informado, pois o “problema” pode surgir dentro de sua casa. 
VOTE NA ENQUETE NA BARRA LATERAL: VOCÊ É A FAVOR DO CASAMENTO ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO?

PSICANÁLISE A CIÊNCIA QUE CUIDA DA ALMA

O QUE É PSICANÁLISE?
Psicanálise é a ciência do inconsciente que foi fundada por Sigmund Freud (1856-1939). Um método de investigação, que consiste essencialmente em evidenciar o significado inconsciente das palavras, das ações, das produções imaginárias (sonhos, fantasias, delírios) de um sujeito.

FREUD (1920)


São sistematizados os dados introduzidos pelo método psicanalítico de investigação e de tratamento. A aceitação de processos psíquicos inconscientes, este método baseia-se principalmente nas associações livres do sujeito, que são a garantia da validade da interpretação. A interpretação psicanalítica pode estender-se a produções humanas para as quais não se dispõe de associações livres. A psicanálise é um método psicoterápico baseado nesta investigação e especificado pela interpretação controlada da resistência, da transferência e do desejo. O emprego da psicanálise como sinônimo de tratamento psicanalítico está ligado a este sentido; exemplo: começar uma análise.

A psicanálise é um conjunto de teorias psicológicas e psicopatológicas em que; reconhecimento da doutrina da resistência e do recalcamento e a consideração da sexualidade e do complexo de Édipo são os conteúdos principais da psicanálise e os fundamentos de sua teoria, e quem não estiver em condições de subscrever todos não deve figurar entre os psicanalistas.

A PSICANÁLISE E O DIVÂ.


Divã utilizado por Freud

A  Psicanálise, como toda ciência que se preza, tem suas peculiaridades e diferenças. Uma das grandes diferenças entre a psicanálise e demais psicoterapias é o uso do divã.
Freud instituiu o uso do divã nesta terapia com o intuito de levar os  seus pacientes a um relaxamento total das faculdades do corpo físico. 

Divâ utilizado em nosso consultório




Nos dias de hoje não tem sido diferente. o divã continua sendo utilizado para produzir em todos os pacientes um relaxamento maior. atravez do divã o psicanalista coleta material para interpretações futuras.
Quando eu conheci o divã, fui logo em direção a ele com o intuito de me sentar, pois ele parece um sofá convencional, ou até mesmo deitar. Quem não gosta de dar uma deitadinha em um belo sofá. A partir dai descobri que o divã é coisa muito séria, que a psicanálise começa verdadeiramente quando estamos deitado nele.



 

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

MITOS E VERDADES SOBRE HOMOSSEXUALIDADE




A homossexualidade é uma escolha. “MITO”
      Ninguém escolhe ter homossexualidade. O desejo emocional e sexual por pessoas do mesmo sexo ou do oposto surge de uma gama de fatores no decorrer da infância de cada indivíduo. Vários fatores levam os indivíduos ao heterossexualismo ou ao homossexualismo. O que as pessoas podem escolher é se irão ou não ter comportamentos homossexuais.

Homossexuais são pessoas que gostariam de trocar de sexo. “MITO”
      Só os pansexuais, também conhecido como travestis e transexuais, têm desejo de trocar de sexo, geralmente os homossexuais não têm este tipo de problemas com o seu próprio corpo.
Homossexuais são pessoas angustiadas e infelizes. “VERDADE”
      Pois a maior dificuldade que o homossexual enfrenta é a auto-aceitação da sua orientação sexual. Normalmente ele cresce com muito medo de que seu "segredo" seja descoberto, fica angustiado por não saber exatamente o motivo da sua "diferença" e culpado por sentir desejos considerados "não naturais". Após aceitação desta “diferença”, angustia e infelicidade passa dando lugar a vidas normais.

Todos os homossexuais masculinos têm trejeitos femininos e vice-versa. “MITO”
      De forma alguma. O que caracteriza a orientação sexual é a presença da atração por pessoas do mesmo sexo, e só isso. No mais, homossexuais, masculinos e femininos, variam tanto quanto os heterossexuais. Podendo ou não ter trejeitos do sexo oposto.

Homossexualidade não é o mesmo que homossexualismo. “VERDADE”
      Homossexualidade é uma variação da sexualidade humana e homossexualismo é um comportamento definido por relacionamento sexual entre indivíduos do mesmo sexo.

Homossexualismo é contagioso. “MITO”
      Não, pois se é definido como um comportamento de um indivíduo, não tem como ser transmissível.

Dr. Carlos André
PSICANALISTA

domingo, 5 de dezembro de 2010

REGRESSÃO: O MISTÉRIO DE OUTRAS VIDAS, VOCÊ ACREDITA?

O assunto é um tanto polêmico tendo em vista, a diversidade de opiniões, tanto dentro das variadas denominações religiões bem como, por parte das correntes científicas... Um colega psicanalista me questionou: por que você vai escrever sobre este assunto tão polemico? E eu prontamente respondi: por que não pretendo formalizar opinião, trazendo mais contradições; pretendo apenas expor o que já está escrito e opinado sobre o assunto, para que cada leitor possa tomar sua direção livremente sem preconceito religioso ou ateísmo cientifico.

A posição religiosa é muito divergente, tendo muitas denominações que rejeitam e outras que aceitam. A posição cientifica, deixa a duvidar em alguns quesitos devido às muitas correntes de opiniões.
Nos primórdios do cristianismo a idéia das existências sucessivas ou reencarnação, talvez de forma não muito clara, era aceita, e chegou a ser ensinada por alguns “pais da Igreja” como Orígenes, Plotino e Clemente de Alexandria. Até mesmo Santo Agostinho, em (Confissões, I, cap. VI), escreveu: “Não teria eu vivido em outro corpo, ou em outra parte qualquer, antes de entrar para o ventre de minha mãe?”
Já a ciência entra em certas contradições por se apegar naquilo que é palpável, ao mesmo tempo em que abre campo na área da parapsicologia para estudar alguns fenômenos até então inaceitáveis.
Pessoalmente eu fico com a teoria e a técnica psicanalítica sobre regressão. Em psicanálise quando se utiliza da palavra regressão, segundo Freud tem três tipos: a tópica no sentido de esquema do aparelho psíquico; a temporal, em que são retomadas formações psíquicas mais antigas; a formal, quando os modos de expressão habituais são substituídos por modos primitivos. Por sua vez, alguns adeptos da hipnose como terapia falam de regressão a fases infantis precoces ou até a outras vidas, em transe profundo. O que não se deve esquecer é que a teoria de vidas passadas esta relacionada com crenças religiosas. Segundo algumas religiões, em transe profundo a pessoa libera capacidade de entrar em contato com aquela vida em que acredita ter existido, independentemente do psicanalista ou do hipnotizador.  Este, aliás, nem precisa conhecer das religiões cujos adeptos acreditam na reencarnação, nem ser praticante de nenhuma delas. É bom saber que esta regressão nem sempre acontece.  Para o psicanalista, isto depende do estado do paciente.  Para o paciente, ele deve saber que a teoria religiosa diz que para o individuo que está na primeira encarnação não há vidas passadas.  A teoria diz também que até para aquele que teria vidas passadas a regressão nem sempre acontece qualquer que seja a técnica usada para realizá-la.
Em psicanálise, a regressão a infância precoce, a “regressão a vidas passadas” devem levar o paciente a acessar seu inconsciente e encontrar solução aos problemas de suas neuroses. Os fatos das “vidas passadas” podem ser interpretados com técnicas semelhantes àquelas usadas para a regressão a vida infantil. É posivel afirma em psicanalise que a vida passada é apenas a realidade psíquica do paciente. É possivel que o paciente encontre em suas “vidas passadas” inconscientemente a compensação de suas carencias atuais, no fato de existirem tantos generais e tantas princesas, e tantos homens e mulheres ricos, desta forma  a interpretação psicanalitica dos contatos com outras vidas será produto do inconsciente trazendo para cada individuo a compensação que cada um precisa. Ainda que a crença de alguns seja que exista mesmo varias vidas e a reencarnação  faça com que cada individuo possa reviver em outra vida nesta terra.
É possivel afirmar que em psicanalise a regressão é a rememoração de fatos e conteúdos psíquicos do próprio paciente. Como método terapêutico, a regressão utiliza ferramentas como o relaxamento profundo, a visualização criativa e a hipnose, visando que o paciente se recorde de eventos ocorridos na infância, na vida intra-uterina e antes do nascimento. Quando as causas são buscadas em outras vidas, denomina-se Terapia de Vidas Passadas.

Na T.V.P. o terapeuta atua de forma semelhante à dos primeiros trabalhos de Breuer e Freud, ou seja, com a hipnose induzida e a sugestão para que determinados acontecimentos sejam recordados, levando o paciente a abrir janelas de seu inconsciente e permitindo que cargas emocionais traumáticas esquecidas venham à tona por meio da catarse.
A pergunta aqui agora é para você caro leitor: Você acredita em vidas passadas? Vote na enquete na barra lateral...