terça-feira, 30 de novembro de 2010

UMA CRITICA: CASO DAS MENINAS-LOBO, AMALA E KAMALA.

Segundo a história o Reverendo Singh, depois de ter ouvido um boato que circulava entre os camponeses de Midnapore, chegou a um determinado local na região citada da Índia, e de um posto de observação montado em cima de uma árvore pode constatar ao cair da noite, na frente de uma grande caverna, uma família de lobos que saiam um seguido dos outros, primeiro a mãe e depois seus filhotes, o reverendo averiguou que existiam dois seres humanos no meio daquela família de lobos, ainda que eles se comportassem como os lobos, eram seres humanos. Após massacrar a família de lobo, as crianças foram resgatadas (?).
Com a idéia de resgate surge uma pergunta: resgatar de quem? Pois, eles eram como família e certamente a mãe lobo não as tinha como pressa e sim como membros de uma família e provavelmente quem abandonou as crianças abandonou uma e depois de alguns anos abandonou a outra, e certamente abdicou da segunda criança depois de ter confirmado que os lobos se “saíram bem na criação da primeira”. (Afirmo isso devido à diferença de idades entre as crianças.)
Com este caso podemos compreender a capacidade de adaptação dos seres humanos em seus primeiros meses de vida.
O caso das crianças lobo serve para ilustrar a afirmação de que apenas a composição biológica do indivíduo não lhe assegura a condição suficiente para se tornar humano. Quando Amala foi encontrada tinha apenas um ano de idade e veio a morrer logo depois de ter sido retirada do seu convívio, um ano mais tarde, o que nos dá a entender que não conseguiu se readaptar ao convívio social. A outra, Kamala, de oito anos de idade, conseguiu viver um tempo maior no meio dos seres humanos, justamente pela capacidade de adaptar-se do individuo. Viveu até 1929. Em relação a sua evolução, foi significativa, porém limitada. Ela conseguiu aprender a caminhar só com as pernas e mudar de hábitos alimentares, aprendeu muitas palavras e sabia usá-las, embora nunca tenha chegado a falar com fluência. Apesar dos progressos de Kamala, a família do missionário anglicano que cuidou dela, bem como outras pessoas que a conheceram intimamente, nunca sentiu que fosse verdadeiramente humana.
O que alguns indivíduos não aceitam é que sem o convívio, sem interações sociais das quais toda criança deve participar, simplesmente não há humanidade.
Um bebê sem outros humanos é algo tão impensável como peixes sem água, como uma planta sem terra nem sol. Logo, dependemos da vida em sociedade, como dependemos do ar. Sem um convívio social não há socialização, não há indivíduo.
Com este caso podemos compreender em que medida as características humanas dependem do convívio social. Por terem sido privadas do contato com outras pessoas, não conseguiram se humanizar; não aprenderam a se comunicar através da fala, não foram ensinadas a usar determinados utensílios, não desenvolveram processos de pensamento lógico.
A convivência social é fator muito importante na construção social do indivíduo e parte do que somos depende deste convívio.  Vários pensadores e educadores relatam sobre a influência do meio em que o individuo habita.
É correto afirmar que para o desenvolvimento das habilidades cognitivas e operacionais existem idades-chave. São as idades em que o conhecimento é incorporado e passa a moldar o comportamento social. Estas habilidades vão sendo desenvolvidas, aperfeiçoadas e favorecem a aquisição de novas habilidades. Assim, por exemplo, existe um momento mais adequado para aprender a tocar um instrumento, a falar uma língua estrangeira, a desenvolver um trabalho manual. É com base nesta teoria que posso afirmar o que faltou para todas estas crianças que foram privadas das mínimas condições de interação com as demais pessoas e por isso ficaram tão prejudicadas pelo resto de suas vidas. Por este motivo é correto dizer que, uma criança que convive com um educador lacônico, vai ter maior dificuldade para começar a falar do que outra que vive junto a um falante, que se comunica melhor.
As meninas passaram por um processo duro e penoso de socialização em um orfanato mantido pelo rev. Singh, processo este que as levou a morte.

O caso das meninas-lobo, Amala E Kamala ocorrido em 1920 na Índia nos serve, nos dias de hoje como exemplo de reflexão. Quem são os animais racionais e os irracionais nesta história?

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5 comentários:

  1. Nossa! Parabéns! Muito legal!
    Alguns estudiosos comprovam a teoria que o ser humano é produto do meio outos comprovam que as característas são pessoais, as pessoas já nascem com a sua personalidade, porém esse exemplo pode comprovar q elas foram produto do meio em que conviviam. Se fosse eu não saberia como agir, pois essas crianças cresceriam e como lobo talvez causassem problemas. Quanto a idades diferentes, acredito que poderiam sim ter sido deixadas no mesmo dia, porque não???
    Podem ter sido irmãs, vizinhas e etc.

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  2. A possibilidade de haverem sido abandonadas na mesma época naõ se confirma, pois a de maior idade já teria características do convívio com seres humanos. Sebendo-se que não há desaprendizagem, logo ela resgataria o que foi aprendido antes de seu convívio com os lobos.

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  3. O que cheguei a pensar,descupe se eu estiver errada.É que se a criança nasce e não tem um convivio com a civilização,volta tudo a idade do homens das gavernas.O meio infruencia sobre o desenvolvimento do ser humano.Email:martinsverahelena@gmail.com

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  4. amala e kamala nos levam a compreender que todas as crianças nacem boas e que o ser humano e produto do convivio e portanto se você ensinar coisas boas para o seus filhos eles serão pessoas boas,como escreveu o sábio salomão em proverbios "ensina a criança no caminho em que deve andar e até quando for velha não se desviara dele" que DEUS nos ajude a ensinar coisas boas para os nossos pequenos.

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  5. nossa vc falow tudo,foi o resumo mais completo que encontrei das meninas :Kamala e Amala,parabéns pela critica,excelente!

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